NOVO LIVRO DE CIDINHA DA SILVA NA ÁREA!

Vocês sabem que entre as atividades abarcadas pelo ofício de escritora, uma das que mais gosto é anunciar os livros novos, ter novas obras prontas para entregar a vocês. Neste dia da trabalhadora e do trabalhador, no qual descansei pela manhã e estou trabalhando à tarde, compartilho com vocês a alegria e a satisfação de ter um novo livro concluído, que, em breve, poderá ser adquirido por vocês. O caminho narrativo deste “Vamos falar de relações raciais” começa por temas apropriados pela indústria cultural, entre eles o “colorismo”, uma importação estadunidense que se agigantou nas redes sociais no Brasil. Aborda, a seguir, a precariedade aprofundada pela pandemia de Covid 19 na vida daqueles que já tinham muito pouco ou não tinham nada, além de vários casos de racismo e sua cobertura na mídia, a exemplo dos casos: o menino Miguel, Geovanna Ewbank e seus filhos negros; George Floyd; um jovem trabalhador que pedalava rumo ao emprego e teve um braço decepado por um motorista em alta velocidade na maior cidade da América Latina, São Paulo. Esse bloco é encerrado com a crônica-indagação: “Quanto a vida de um homem negro?”, sobre um jovem trabalhador congolês, assassinado a pauladas por uma malta de homens brancos num quiosque de praia, por cobrar do empregador diárias atrasadas. Por fim, um conjunto de textos trata de variados modos de interpretar o Brasil presentes em livros, filmes, fotografias, exposições, reality shows e seus mecanismos de produção de audiência; efemérides que evidenciam as culturas negras e também ícones da comunidade negra e suas respectivas histórias. Falar sobre racismo, relações raciais assimétricas e antirracismo não se configura como algo leve, ao contrário, são situações densas, cheias de dor e violação de direitos que deixam muitas sequelas e são difíceis de abordar. Por isso mesmo, sugerimos uma série de exercícios e atividades que possam ajudar nossa leitora e nosso leitor a expandirem o repertório crítico e analítico, amplificando sua compreensão sobre o tema e convocando-as/os a fazerem parte das mudanças necessárias para que o mundo seja mais justo. Saúdo, agradecida, à toda equipe da editora Autêntica por mais esse trabalho primoroso que consolida minha presença em seu catálogo.

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