(Texto de divulgação). "A produção cultural dos portos da diáspora negra não pára de se reinventar. Depois de uma primeira diáspora com os deslocamentos históricos do tráfico negreiro e o retorno de ex-escravos para a África, uma segunda diáspora se deu pela via dos deslocamentos voluntários, como a migração de jamaicanos para Londres; de cubanos para New York; de beninenses para Paris; de caboverdianos para NY; de angolanos para o Brasil, etc.
A terceira diáspora é o deslocamento de signos provocado pelo circuito de informação tecnológico/virtual tais como discos, filmes, cabelos, slogans, gestos, modas, bandeiras, ritmos, ícones, ideologias,etc. É um movimento que investe no circuito de comunicação da diáspora negra que se tornou possível com a globalização eletrônica e se potencializou através da Web colocando em conexão virtual os repertórios culturais de cidades como Salvador, Kingston, Havana, New York, New Orleans, Londres, Lisboa, Dakar, Luanda, Johanesburgo, etc.
Grafiteiros em Salvador; performances multimídia no Harlem, Nova York; salões de beleza em Londres; estúdios de gravação de Kingston; cafés literários na Martinica; santeria cubana; carnaval em Trinidad; restaurantes de Lisboa; bandas afro-pop em Paris; artes plásticas em Dakar; filmes nigerianos; Kuduro em Luanda; festival de vodum no Benin. São alguns dos elementos do repertório em questão".
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