A obra de Scholastique Mukasonga abordada no curso novo de Cidinha da Silva

A wikpédia nos diz sobre Scholastique Mukasonga: “é uma escritora tutsi de Ruanda nascida em 1956 e residente na Normandia, França. Foi sobrevivente dos massacres no Ruanda ocorridos na década de 1990.” Depois dos 100 dias em 1994, nos quais as milícias hutus massacraram entre 800 mil e um milhão de tutsis em Ruanda, depois de enterrado o que sobrou dos corpos dilacerados, restava reconstruir o país em meio ao ódio, medo, ressentimento, dores de toda sorte, talvez remorso. Algo que precisa ser reiterado no conflito étnico neste país africano é a atuação implacável do imperialismo europeu como fomentador do ódio entre as pessoas para lucrar ao máximo com o extrativismo econômico. Muita gente negra jovem que se formou como “liderança política” pelas redes sociais, não soube de Ruanda 1994 de maneira apropriada, talvez tenha visto alguma notícia pelos filmes de Hollywood feitos logo a seguir. Faltou às escolas ensinarem sobre Ruanda, faltou a nós, estudarmos sobre Ruanda, e Scholastique Mukasonga, generosamente cumpre esse papel, nos ensina e nos convoca para que aquilo nunca mais aconteça. Quando li “A mulher dos pés descalços” escrevi o argumento de uma resenha que não cheguei a concluir, dizia assim: “Temos aqui, uma mostra pungente de como, a partir de uma dor devastadora, se faz literatura, não porque sofrer ou enfrentar situações-limite seja “inspirador”, como é moda dizer, mas porque é desafiador fazer com que as palavras, os silêncios e a pontuação que organizam a escrita literária deem conta do todo possível. Das marés, dos maremotos, dos corpos ensanguentados. Do amor da vida vivida que torna as pessoas humanas, apesar de tudo, antes do horror do genocídio...” Quer saber mais? Vem para o curso MIRADA SOBRE O TRABALHO LITERÁRIO DE OITO ESCRITORAS NEGRAS, AFRICANAS E BRASILEIRAS. Link nos comentários.

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