Adeus, Azoilda! Muito obrigada!
Por Cidinha da Silva
A manhã de domingo ficou estranha quando vi postagens de amigas de Azoilda da Trindade que davam a entender que ela não estava bem. O dia ficou mesmo triste quando consegui compreender que ela estava partindo.
Falei com ela dia 17 de julho passado, pela primeira vez fora dos encontros casuais. Azoilda me escreveu para solicitar texto de livro meu que havia se perdido e que precisava para um debate ou atividade de formação, algo assim. Imediatamente providenciei o texto e enviei. Tudo aconteceu de manhã bem cedo. Aproveitei para perguntar como andava a saúde e ela me disse "sigo tratando, cuidando da saúde para que a potência da Vida se afirme e elimine o câncer". Isso foi tudo e, de longe, pensei que ela estivesse bem.
A tristeza que senti é da admiradora, de uma pessoa que a observava à distância, sem a convivência da amizade. Alguém com quem mantive encontros eventuais, sempre fraternos e plenos de risos. Aliás, a capacidade agregadora de Azoilda e a aparente aversão a relações fratricidas me chamaram a atenção, despertaram admiração e respeito.
No meio da tarde de hoje veio a confirmação da partida e a certeza do rasto de luz deixado por sua passagem entre nós. Um samba do Paulinho que pede silêncio e fala sobre o infinito é o que ainda me resta dizer.
Foto: Azoilda Loretto da Trindade por Kátia Costa-Santos
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