2016, uma mirada


Os momentos mais tristes do ano?
A votação e homologação da primeira parte do golpe contra nossa frágil democracia na Câmara dos Deputados, dia 17/04.
A notícia da morte de Luíza Bairros, recebida em Campinas, enquanto participava do 20o COLE, dia 12/07.
A derrota de Fernando Haddad na corrida à prefeitura de São Paulo.
Tudo o que a imprensa golpista e o judiciário partidário fizeram com Lula e sua imagem ao longo do ano. Também o povo pobre manipulado que comeu esse reggae. Todas as mortes da população negra em ritmo de extermínio.
Os momentos mais empoderadores?
A coragem, altivez e serenidade de Dilma Rousseff no Senado, no enfrentamento de 14 horas a abutres, piranhas e hienas.
A eleição de Áurea Carolina como vereadora mais bem votada de Belo Horizonte das 3 legislaturas mais recentes e a mulher mais votada de todos os pleitos.
Os momentos mais alegres?
A publicação do livro Sobre-viventes! pela editora Pallas, uma promessa de solução para a precária distribuição de minha obra por todo o país.
A vitória de Áurea Carolina na Câmara de BH.
Momentos de bate-papo sobre meu trabalho literário na livraria Boto cor de rosa livros, arte e café e na Primavera dos Livros, ambas em Salvador.
O lançamento do livro de poemas Canções de amor e dengo em São Paulo, noAparelha Luzia, com show de Danielle Almeida, para o qual escolhi o repertório a partir de canções de amor que me acompanham há décadas. Em Salvador, naKatuka Africanidades, com comentários luxuosos e instigantes de pessoas que leem minha literatura com muita atenção e zelo. E no teatro espanca!, em Belo Horizonte, com participação eletrizante do meu público cada vez mais negro, mais jovem e mais libertário. Em Seabra (BA) para um público de adolescentes do CEFET que vibrou, pediu mais e comprou todos os livros que levei. Em Caetité (BA), num Terreiro de Candomblé, ótima alternativa encontrada pelas organizadoras do Leituras de Áfricas às dependências da UNEB, corajosamente ocupada pelos estudantes que nos defendiam da PEC da morte.
O lançamento do livro de crônicas #Paremdenosmatar! no Muquifu - Museu dos Quilombos e Favelas Urbanos, durante o Chá da Dona Jovem, dentro da Igreja das Santas Pretas, quando foi apresentada ao público parte da iconografia que representa a história da Paróquia da Vila Estrela e de 14 mulheres-líderes da comunidade. Foi um momento único de reunião da família nuclear e da família extensa em BH, proporcionado pelo querido Padre Mauro Luiz da Silva que se despedia da Paróquia.
Que venha 2017. Estamos fortes! E #Paremdenosmatar!

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