Falecimento do escritor Bartolomeu Campos de Queirós
Bartolomeu Campos de Queirós tinha 66 anos e publicou 40 livros. Morreu na madrugada desta segunda-feira, em Belo Horizonte. Estava internado no Hospital Felício Rocho (onde nasci), na Região Centro-Sul da capital. Escrevia livros de histórias infantis e juvenis sem acreditar em literatura infantil e juvenil.
Só o encontrei pessoalmente uma vez, durante um Salão do Livro Infantil e Juvenil, no Rio de Janeiro, à volta de 2006. Longe de ser um galã, ele balançava o coração das senhoras. Lembro-me da reação física que seu público feminino de mais idade demonstrava ao vê-lo caminhar entre a massa de fans. Reação digna de uma apresentação de Ney Matogrosso!
Agora que não posso mais encontrá-lo, lamentei não tê-lo feito em novembro passado, quando participamos de um mesmo evento dedicado à leitura, promovido pelas secretarias de educação e cultura de BH. Sou leitora de Bartolomeu, os livros "Indês", "O olho de vidro do meu avô", "Por parte de pai" e "tempo de voo", um dos mais recentes nas livrarias e nas minhas prateleiras, me arrebataram. Fico triste e com a sensação arrogantemente humana de que ele foi embora cedo demais.
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