Um bilhete da cantora

Domingão nublado de carnaval e recebo e um bilhete da cantora. Juçara Marçal se deu ao trabalho de ler e comentar o que escrevi sobre seu Padê. Fiquei feliz da vida. Transcrevo abaixo uns trechinhos que explicam mais coisas sobre o CD. Acredito que quem já conhece o trabalho ou o está conhecendo gostará de saber. Obrigada, Juçara: "Quero acrescentar apenas que o cd, fiz pensando em simplicidade. Num primeiro momento até por questões financeiras. Mas à medida que ia tomando corpo, tinha certeza, e o Kiko foi concordando, que era pra ser assim mesmo, simples, direto, sem muito retoque, em favor do vivo, dos vivos! Houve vários momentos em que eu sabia que ia ter que conviver com uma notinha meio desafinada, mas o todo aparecia tão pulsante, que achei que valia a pena conviver com a imprecisão. Outra coisa que acho legal dizer é que o cd foi feito a partir do show que iniciamos em 2005, um trio: eu, Kiko e Douglas Alonso. Era um show de samba, com coisas do Paulinho da Viola, Ney Lopes, Geraldo Filme, Itamar etc. Fui me encantando com as músicas do Kiko e resolvi que valia a pena camelar pra registrar esse encontro. Na hora de gravar, pensamos que não poderia faltar um baixo. E eu chamei o Bola (...) E chamamos também Samba Sam, que no cd está como Samba Ossalê, seu nome de ogâ do terreiro Redandá, porque foi pela sua maestria no hum que o chamamos. E foi como ogã precioso que é que trouxe para o disco o axé que faltava pro cd. Ele chegou, tocou e no estúdio sentimos aquele clic que dá quando tudo se encaixa".

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