Sobre o prefácio do livro "Pra começar": melhores crônicas de Cidinha da Silva
O prefácio minucioso de Pra começar, segundo volume da série dedicada às minhas melhores crônicas, organizadas tematicamente, é da querida Bel Santos Mayer. Entre muitas qualificações, a que mais a define, em minha opinião, é educadora. Bel educa nossos sentidos com suas leituras do mundo e por isso a convidei para ler meus mundos e prefaciar esse livro tão querido.
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"Foi um presente ter acesso antecipado à seleção feita pela autora e reler cada crônica, fazendo observações. Demorei-me no índice, pensando se este livro seria melhor indicado para adolescentes e jovens ou para adultos. Com vagar, relembrei dos diferentes contextos aonde levei Cidinha da Silva em palavras ou fisicamente. Notei que havia lido uma mesma crônica – Uma historinha de São João – em uma roda de conversa com adolescentes sobre o direito a brincar nas ruas e em um encontro com educadores(as) sobre a responsabilidade da aldeia na proteção de suas crianças. O mesmo se deu com a crônica Eliana sonha em ser Alice, utilizada por mim na abertura de um encontro com mulheres e, também, em formação de educadores(as) sociais. As crônicas de Cidinha são bem narradas, aproximam os(as) leitores(as), vão direto ao ponto, induzem à reflexão. Alguém diria que estas são necessidades exclusivas de jovens ou de adultos?
Certamente há leitores e leitoras deste prefácio recordando-se de quando lhes apresentei Cidinha da Silva em formações sobre Literatura, Direitos Humanos, Mediação de Leitura, Educação para o Afeto e Cuidado. Alguns de vocês já me perguntaram: “Como Cidinha consegue falar com tanta propriedade e lirismo de assuntos tão diversos: Racismo, futebol, violência, música, cinema, HQ, moda, carnaval etc.? Como ela faz para navegar com tanta facilidade pelo vocabulário rebuscado e o mineirês?” Minha resposta foi sempre a mesma: É que Cidinha é escritora “de mão cheia”, talentosa, disciplinada, exigente consigo, estudiosa da língua e voraz leitora desde a infância."
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