Sobre o livro Um Exu em Nova York e o prêmio conquistado




Quando li o título desse texto primoroso de Henrique Marques Samyn, me perguntei que traquinagem esse menino (é meu mais novo, posso chamar assim ao professor pós-doutor) estaria aprontando. Um texto exúnico, que alegria lê-lo. È mesmo boa a fortuna crítica que amplia os sentidos do que a gente escreve e nos mostra coisas que a gente nem sabia. Muito obrigada, Prof. Henrique.

"Transitando para além dos lugares-comuns e dos territórios colonizados pelo cânone, Cidinha traz para seus textos figuras periféricas e marginalizadas, desafiando representações estereotipadas que ainda se fazem presentes em muitas escritas contemporâneas. Trata-se, desse modo, de uma produção literária profundamente desestabilizadora, que permanentemente coloca sob questão as normatividades impostas pelas estruturas hegemônicas

Nesse sentido, a presença de Um Exu em Nova York entre as obras premiadas chama a atenção precisamente por evidenciar o reconhecimento a uma produção literária autêntica – como obra de uma escritora que, tendo escolhido sua estrada, percorreu-a até chegar ao seu lugar. Mas o lugar próprio de Exu não é a encruzilhada? Não está Exu associado às contradições, às impermanências, às incertezas? A vitória de Cidinha, sob a égide de Exu, é a vitória de uma literatura que faz da inquietude sua matéria fundamental e que faz das movências seu princípio criativo; uma literatura cujo sentido disruptivo está na permanente busca pela transformação – de si, mas também do mundo".

Leia o texto integral no link abaixo.

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