Por Vanusa Maria de Melo
Interrompendo a programação normal para falar de um livro que, minha nossa, tá MUTO LEGAL!
Só a edição já dá uma satisfação incrível: capa linda, cuidado da edição cuidadosa, ilustrações lindas da estreante Ókun, até a fonte escolhida pro livro não é qualquer uma, é de um marrom que não irrita na leitura. Papo muito sério: é dos livros mais bonitos que já tive.
Mas não é só isso!! Tecnologias ancestrais de produção de infinitos, de Cidinha da Silva (editora Martelo, 123 páginas) também tem uma seleção de crônicas absurdamente bem feita. O livro ficou dividido em três partes: Carcará, João-de-barro e Bem-te-vi. Os textos de “Carcará” são os mais duros, porrada saída daquele olhar fundo e crítico da autora sobre a realidade. Ela tem sempre as palavras mais exatas pra ler o mundo. Muitos do “João-de-Barro” ajudam a gente e pensar o mundo da escrita, da ficção, das escritoras e escritores. As duas partes têm vários textos para repensar a pandemia e esses nossos anos de dureza bolsonarista. Por fim, Bem-te-vi me tirou boas risadas. Que textos danados de leves e bem humorados, mas aquele bom humor da pessoa crítica, sabe? Ri bastante.
Li as últimas crônicas enquanto esperava, no trabalho, o caos de 7 de fevereiro no Rio de Janeiro cessar. Terminei e não passou, rs. Ao final, o livro estava cheio de marcações de textos que separei para as oficinas de literatura. Um presente!!
Ainda não falei de todos os livros que li em janeiro e furei a fila dos que me aguardam para abrir alas para o Tecnologias, porque fiquei muito atraída mesmo. E valeu a pena.
É livro para ser em poucas horas, para destravar leitura, para dar ideia pra sala de aula, para inspirar escritos nossos. Livro pra mais de metro, rs.
Para tudo, gente!
Mereci até foto na escada colorida!!!
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