Direitos atacados: enfrentando o conservadorismo



Formadoras(es): Adriana de Oliveira Silva, Alexandre Kishimoto, Cidinha da Silva, Fernanda Kawani Custodio e Jobana Moya
Carga horária: 15h
Período: Terças-feiras; de 30/04 a 28/05 de 2019 (5 encontros)
Horário: 19:00 - 22:00
Inscrições: http://bit.ly/DireitosAtacados
Investimento: R$190,00

O ciclo de oficinas “Direitos atacados: enfrentando o conservadorismo” pretende construir, de forma colaborativa, contribuições para a discussão de temas e agendas que tem sido constantemente atacadas por setores conservadores da sociedade brasileira: violência e discriminação de gênero, orientação e identidade sexual, racismo e xenofobia contra afro-brasileiros, indígenas e imigrantes, violação dos direitos humanos, igualdade de direitos, valorização da diversidade sociocultural.

Em cada um dos cinco encontros, temas específicos serão abordados com a colaboração de convidadas especiais. A proposta é de mobilizar diferentes tipos de textos e narrativas – minidocumentários, textos escritos, canções, videoclipes, imagens, obras de arte e falas expositivas – para a desconstrução de alguns estereótipos e preconceitos sobre cada grupo minoritário alvo de discursos de ódio e intolerância. Ou seja, fazer uso de discursos e narrativas “não-escolares” para a discussão dos temas em espaços de formação, que possam ser aplicados pelos participantes das oficinas em seus contextos de origem.

Conteúdo programático

1º encontro – 30/04 (Alexandre Kishimoto) – “Novas expressões do conservadorismo brasileiro e a guerra contra os direitos das minorias” – Novos atores sociais, como o Movimento Brasil Livre, blogueiros, Youtubers, partidários do Escola Sem Partido e comediantes de stand up “politicamente incorretos” vêm ressignificando o discurso conservador no país, positivando-o. Redes sociais tornaram-se poderosos canais de disseminação desses discursos e das fake news, contaminando eleições e referendos, como nos casos recentes do Brexit, na eleição de Trump nos EUA e de Bolsonaro no Brasil. Em comum a esses discursos, o ataque aos direitos civis de mulheres, LGBTTQI, afro-brasileiros, indígenas e pobres.

2º encontro – 07/05 (Adriana de Oliveira Silva e Alexandre Kishimoto) – “As artes em geral e as artes afro-brasileiras em particular como lugar de enfrentamento do conservadorismo” – As acusações de atentado ao pudor e censura a manifestações artísticas e a reação dos artistas e instituições. As artes afro-brasileiras como território de disputa e resistência, quando a diferença deixa de ser estigma e vira carisma em obras de arte e performances.

3º encontro – 14/05 (Cidinha da Silva e Alexandre Kishimoto) – “Racismo e africanidades” – O tráfico transatlântico de escravizados (dados quantitativos, mortos na travessia, portos de origem e destino), a representação do navio negreiro em filmes, séries, cânticos do congado e canções da MPB. Silenciamento e invisibilidade dos afro-brasileiros no pós-abolição. Contra-narrativa: enredo de 2018 do GRES Paraíso do Tuiuti. Os desafios para a implementação da Lei 10.639 nas escolas. ESP e o enfrentamento das discriminações raciais e religiosas.

4º encontro – 21/05 (Jobana Moya Aramayo e Alexandre Kishimoto) – “Mulheres imigrantes” – Resgate de práticas e saberes tradicionais, valorização da diversidade, ocupação do espaço público, interculturalidade, participação politica, violência opressão e desigualdade de gênero, violência obstétrica, racismo e xenofobia contra os imigrantes contemporâneos.

5º encontro – 28/05 (Fernanda Kawani Custodio e Alexandre Kishimoto) – “LGBTTQI e representatividade” – O combate à homofobia, lesbofobia e transfobia. A tentativa de censura ao trabalho com a questão de gênero nas escolas. Bullying. Desconstrução de preconceitos e falácias. Contra o silenciamento, o reconhecimento da diversidade de orientações sexuais e gêneros. Inclusão e representatividade do público e dos artistas LGBTTQI nas produções artísticas.

A quem se destina
Educadoras(es), pesquisadoras(es), ativistas, produtoras(es) e agentes culturais

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