Se ninguém perdoar Carminha, chamem o Lewandowski!


Por Cidinha da Silva

Estão chegando ao fim a novela e o mensalão, digo, o julgamento dos capítulos inscritos na ordem do dia.

Dois personagens destacados na trama, dada a interatividade de ambos, poderiam contracenar. A primeira é Carminha. Depois de comprovados peripécias e crimes inacreditáveis (incluindo a tentativa de enterrar viva a principal inimiga e de afogar o parceiro-amante), a vilã ainda quer ser perdoada, valendo-se da manipulação dos tolos e crentes. O segundo é Lewandowski. Após confrontar-se por longos meses com provas dos mais diversos matizes, insiste em absolver réus que seus colegas condenam.

No palco do mensalão, os chefões gostariam de debutar como Carminha e têm em Lewandowski, a família de Tufão. O nobre magistrado não vê dolo, má intenção e falcatruas. Não é propriamente um cético, é um bom coração embrenhado em tecnicalidades jurídicas que lhe permitem, data venia, previsíveis licenças poéticas.

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