A voz funda do rio
Por Cidinha da Silva
Quando ela diz meu nome em tom grave, quando ri forte e divertida, há uma força telúrica que escapa do lago e faz redemoinhos insondáveis.
Quando ela diz venha, é sopro de vida, fogaréu de alegria, imperativo perfeito para meu coração que quer tanto segui-la.
Quando ela diz tô com saudade de tu, me derreto como manteiga ao sol. Assim mesmo, com gosto do que se come, do que se degusta. Eu deixo de ser oblíqua e me torno pronome-sujeito na língua da mulher que me ama.
(Do livro BAÚ DE MIUDEZAS, SOL E CHUVA)
Quando ela diz meu nome em tom grave, quando ri forte e divertida, há uma força telúrica que escapa do lago e faz redemoinhos insondáveis.
Quando ela diz venha, é sopro de vida, fogaréu de alegria, imperativo perfeito para meu coração que quer tanto segui-la.
Quando ela diz tô com saudade de tu, me derreto como manteiga ao sol. Assim mesmo, com gosto do que se come, do que se degusta. Eu deixo de ser oblíqua e me torno pronome-sujeito na língua da mulher que me ama.
(Do livro BAÚ DE MIUDEZAS, SOL E CHUVA)
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