Crônica semanal de Cidinha da Silva no Rascunho: A Flip de cada um
"As casas de editoras e coletivos literários colorem de bibliodiversidade a festa e têm naturezas distintas: há casas de caráter institucional forte (que têm dinheiro ou patrocinadores) e que remuneram as pessoas convidadas ou custeiam de alguma forma sua participação; tem as “casas conceituais” que reúnem casas editoriais e editores descolados, muito preocupados com o objeto-livro e com o discurso de busca de leitores; tem um pessoal que vai chegando de mansinho e ocupando espaços, chamado de “identitário” pelo pessoal que toma uísque e os vinhos mais caros nos restaurantes faraônicos enquanto dissertam sobre como Nova York se tornou uma cidade cara e insuportável, considerando o preço da dose de whisky por lá. Discretos, os tubarões segredam que é necessário cuidado para que os peixinhos não cresçam demais, pois são perigosos, não demora e querem subverter coisas que devem permanecer como são. Em toda casa tem um pessoal empombado do campo da editoração que se sente injustiçado pelo lado hegemônico do sistema e se acha o elo mais fraco da corrente porque, de fato, ama o livro e só quer editar, não se preocupa com dinheiro, essa coisa menor."
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