Livro novo de Cidinha da Silva na Aparelha Luzia
Dia 12 de julho, às 21:00, rola a tradicional roda de conversa que faço no quilombo urbano Aparelha Luzia (RUA APA, 78, CAMPOS ELÍSEOS, CIDADE DE SÃO PAULO), para colocar meus livros novos no mundo. Trata-se da minha 22a publicação autoral numa trajetória que, especificamente na literatura, começou em 2006. Muito chão percorrido, muito trabalho, muitas alegrias e alcance de metas. Também outras coisas boas não planejadas, como os prêmios e os passos firmes para alcançar, em breve, meio milhão de exemplares em circulação (já ultrapassamos os 350 mil). Tudo isso de grão em grão, trabalho de formiguinha, de formiga que carrega flor para alimentar o formigueiro.
Dia 12/07 é a gente, @aparelhaluzia! Bora aquecer a palavra nesse friozinho da Paulicéia, num bate-papo sobre meu primeiro livro multimídia: VAMOS FALAR DE RELAÇÕES RACIAIS? CRÔNICAS PARA DEBATER O ANTIRRACISMO.
Espero todo mundo: é noise, @aparelhaluzia
SOBRE O LIVRO:
O caminho narrativo deste “Vamos falar de relações raciais” começa por temas apropriados pela indústria cultural, entre eles o “colorismo”, uma importação estadunidense que se agigantou nas redes sociais no Brasil. Aborda, a seguir, a precariedade aprofundada pela pandemia de Covid 19 na vida daqueles que já tinham muito pouco ou não tinham nada, além de vários casos de racismo e sua cobertura na mídia, a exemplo dos casos: o menino Miguel, Geovanna Ewbank e seus filhos negros; George Floyd; um jovem trabalhador que pedalava rumo ao emprego e teve um braço decepado por um motorista em alta velocidade na maior cidade da América Latina, São Paulo. Esse bloco é encerrado com a crônica-indagação: “Quanto a vida de um homem negro?”, sobre um jovem trabalhador congolês, assassinado a pauladas por uma malta de homens brancos num quiosque de praia, por cobrar do empregador diárias atrasadas. Por fim, um conjunto de textos trata de variados modos de interpretar o Brasil presentes em livros, filmes, fotografias, exposições, reality shows e seus mecanismos de produção de audiência; efemérides que evidenciam as culturas negras e também ícones da comunidade negra e suas respectivas histórias.
Falar sobre racismo, relações raciais assimétricas e antirracismo não se configura como algo leve, ao contrário, são situações densas, cheias de dor e violação de direitos que deixam muitas sequelas e são difíceis de abordar. Por isso mesmo, sugerimos uma série de exercícios e atividades que possam ajudar nossa leitora e nosso leitor a expandirem o repertório crítico e analítico, amplificando sua compreensão sobre o tema e convocando-as/os a fazerem parte das mudanças necessárias para que o mundo seja mais justo.
SOBRE A AUTORA DE “VAMOS FALAR DE RELAÇÕES RACIAIS? CRÔNICAS PARA DEBATER O ANTIRRACISMO”
Cidinha da Silva (MG) tem 18 anos de carreira literária e 22 livros publicados, entre eles, os premiados, Um Exu em Nova York (Biblioteca Nacional, 2019) e O mar de Manu (APCA 2021, melhor livro infantil e acervo PNLD 2023). Organizou duas obras fundamentais para o pensamento sobre as relações raciais contemporâneas no Brasil, Ações Afirmativas em Educação: experiências brasileiras (2003) e Africanidades e Relações Raciais: insumos para políticas públicas na área do livro, leitura, literatura e bibliotecas no Brasil (2014). Vários de seus livros integram políticas públicas de formação de acervo nos níveis federal, estadual e municipal. Recentemente integrou o júri de importantes premiações literárias, tais como: Jabuti (crônica) e Prêmio Sesc (romance) em 2020; Prêmio Cidade de Belo Horizonte (dramaturgia), Barco a vapor (infantil) e Prêmio São Paulo (romance) em 2022, entre outros. Tem publicações em alemão, catalão, espanhol, francês, inglês e italiano. É doutora em Difusão do Conhecimento. É cronista do jornal Rascunho.
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