Atualização da biografia de Chiquinha Gonzaga

(Deu na Folha de S. Paulo). "Praticamente tudo o que se sabe hoje sobre a vida transgressora de Chiquinha Gonzaga (1847-1935) apareceu na biografia publicada em 1984 pela pesquisadora Edinha Diniz. Comemorar os 25 anos de Chiquinha Gonzaga - Uma história de vida (Jorge Zahar, 316 pp., R$ 39,90) já seria um bom motivo para uma reedição, mas o livro ainda volta com mais novidades. Diniz pôs os olhos em fevereiro passado nos autos do divórcio da compositora, que estavam até então com acesso restrito no arquivo da Cúria Metropolitana do Rio. A documentação mostra que em 1877, aos 29 anos, Chiquinha foi condenada pelo Tribunal Eclesiástico do Bispado do Rio à separação perpétua do marido por abandono do lar (e de três filhos) e adultério. Ao assumir o relacionamento com João Batista de Carvalho - cujo nome foi revelado na edição de 1984 - e pôr a maternidade em segundo plano, Chiquinha adotou uma liberdade inimaginável para o século 19. Fotos dela em grupos apenas formados por homens, presentes no novo volume, ilustram essa personalidade deslocada no seu tempo".

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