Andanças de Um Exu em Nova York
Salve, salve gente boa!
Temos (eu, você e Um Exu em Nova York) três possibilidades de nos encontrarmos a partir de amanhã. A primeira em São Paulo / USP (7/11); a segunda em Salvador (8/11) no IAT e mais duas chances no Rio de Janeiro (9 e 10/11), na Casa das Pretas e no bar Mississipe Delta Blues, respectivamente. Esperamos (eu e o Exu) que a gente se veja.
Abaixo, nas imagens, todas as informações sobre os eventos. Escolha o seu. Tem também um texto do professor Emerson Inácio (literaturas / USP) sobre o livro. Conheça mais.
Espero por você. Vem e chama todo mundo.
Um Exu todo Linguagem
Por Emerson Inácio
Por Emerson Inácio
Que Ele é o senhor da linguagem, quase todos o sabemos. Vê-lo traduzir-se em múltiplas facetas da linguagem é que não é tão comum! Cidinha da Silva, preocupada em conduzir (o) Exu – esse tão mal falado mito – à condição que lhe é de direito, nos demonstra as inúmeras facetas nas quais Ele é capaz de se traduzir. E veja, leitor: Ele tem muitas!
Um Exu em Nova Iorque não apenas concede um lugar de fala ao mito, quanto lhe garante condição de falante, seja na singeleza dos encontros inusitados descritos nestes contos, seja no lirismo dos amores extremos, cuja poeticidade relembra e repete um recurso muito bem utilizado pela sua autora: o retrato dos cotidianos.
Falando junto com Ele e cedendo-Lhe voz, a polígrafa Cidinha revela aqui sua verve contista. Mas não só: sua faceta “contadora de causos”, lançando mão dos tênues limites que só o conto bem contado consegue sempre manter com a poesia, sem perder de vista a “mineiragem universal” que vem caracterizando as suas obras.
Nas esquinas da Literatura Negra atual, a festa democrática da palavra, a que nos conduz Cidinha, aqui se faz outra vez. E acontece num gesto metalinguístico que faz o Orixá da Linguagem encontrar(-se) na própria linguagem, fazendo dela um grande acontecimento, às vezes trágico, às vezes cotidianamente cru, mas sempre belo, seja no Harlen ou no sertão.
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