IV Mostra de Literatura Afro-brasileira da Prefeitura de Belo Horizonte
Estive em BH pela segunda vez em menos de dez dias, desta feita para participar da VI Mostra de Literatura Afro-brasileira da Prefeitura de Belo Horizonte. Na tarde do dia 26/08 deveria falar para um grupo de educadoras/es sobre o Tridente. Ocorre que a audiência maior era de crianças ente 8 e 11 anos. Toca a mudar o enfoque, mas deu certo. No dia 27/08 fui para a Escola Municipal Elisa Buzelin, em Venda Nova, bairro da zona norte da cidade. Ali, sim, para conversar com crianças entre 6 e 9 anos sobre processos de escritura. Foram cerca de 300 crianças de uma só vez, no pátio, em meio a um projeto da escola, no qual fui entrevistada. Foi uma manhã agitada por perguntas genuínas da criançada. Depois veio a sessão de autógrafos, não em livros, mas em papeizinhos, cadernos e agendas. No mínimo 100 autógrafos. Outra experiência inusitada. Em um intervalo de trabalho telefonei ao amigo Rique Aleixo e fiquei sabendo pela primogênita, que o livro novo do paizão, “Modelos Vivos”, será lançado no dia 11 de setembro. Data bastante simbólica. Axé, mano Rique! No deslocamento para o aeroporto desfrutei da dileta companhia de Nei Lopes. Aproveitei para crivá-lo de perguntas sobre novos talentos do samba, caminhos e descaminhos de compositores, etc. O experiente sambista, muito ético, só abria a boca para elogiar os merecedores de elogios. Falamos sobre Leandro Sapucay, que nós dois gostamos muito, Arlindo Cruz, Aline Calixto, Fabiana Cozza e mais. Ele me recomendou os CDs do Djavan que está cantando dois sambas da antiga de responsa e também o do Emílio Santiago. Ah... falamos sobre Partido Alto, sobre partideiros, outro dos meus temas prediletos. Ele me contou que uma vez perguntou ao Jamelão: escuta, Jamelão, se você parasse de cantar, a quem entregaria o microfone? Ao Tantinho! Respondeu o mestre, Tantinho da Mangueira. Para quem não conhece, Tantinho é um partideiro-monstro e acaba de ganhar o prêmio de melhor disco de samba da Música Brasileira. Foi assim a minha passagem recente pelas alterosas.
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