Camarões faz história no Mundial de Vôlei
(Deu no UOL, por Luigi Vasini).
"Ao marcar seu 26º ponto contra a Austrália, os camaroneses dançaram animadamente para celebrar a primeira vitória do país na história do Mundial --sem contar o torneio de consolação.
A virada sobre os australianos na última rodada da primeira fase também significou a sobrevida na Itália.
"Você não pode imaginar o que esta vitória significa para o povo da África", afirmou o técnico de Camarões, o alemão Peter Nonnenbraich, que chorou durante a entrevista após a partida.
Aos 31 anos e com 65 pontos em três jogos no Mundial, Ndaki Mboulet não é conhecido, pelo menos não com esse nome. Com 2,01 m, ele veste a camisa 7 do país da África equatorial com a alcunha J.P. San (Senhor JP).
"Desde que me mudei para o Japão, meus fundamentos melhoraram", afirmou o camaronês, justificando a utilização de seu apelido no time do Sakai Blazers, de Osaka, vice-campeão nas duas últimas edições da Copa do Imperador.
JP San classificou o triunfo sobre a Austrália "como um momento inesquecível".
"É a primeira vez que avançamos à segunda rodada", disse ele. "Foi histórico, uma recompensa por muitos anos de trabalho duro."
Agora no Grupo L, Camarões enfrenta EUA e República Tcheca, em Ancona. A equipe joga apenas na sexta, contra os americanos.
Novo avanço no Mundial parece pouco provável, mas o camaronês adota um discurso otimista com o resultado já conquistado na Itália.
"Não tenho dúvidas de que a vitória vai servir para catapultar o vôlei em Camarões e em toda a África", disse JP San. "Estou orgulhoso de fazer parte desta história."
A força africana no Mundial ganhou mais força com a classificação à segunda fase também do Egito, principal força do continente no vôlei.
"Foi uma classificação história para nós", afirmou o treinador do Egito, Antonio Giacobbe, que comandou a Tunísia rumo à segunda rodada no Mundial de 2006.
Os egípcios estão no Grupo I e enfrentam a Rússia, amanhã, e a Espanha, no sábado".
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