2014 EM 12 FLASHES PESSOAIS. KAWÔ!

Por Cidinha da Silva



1 – A ressignificação de Brasília que passou a ser (para mim) um bom lugar para viver.

2 – A concretização de BAÚ DE MIUDEZAS, SOL E CHUVA, meu livro mais desejado, barrado de maneira esdrúxula em concurso literário de 2013. Prefácio e orelha escritos por mulheres que admiro demais, Grace Passô e Ellen Oléria, respectivamente.

3 – A Constatação de que entrevistas e abordagens críticas sobre meu trabalho, finalmente, começam a enfatizar aspectos literários, com destaque para as resenhas de Mariana de Assis (O Menelick 2º Ato, edição ZEROXIII), Ronald Augusto (Afrosul) e Márcia Cruz (Estado de Minas) sobre meu RACISMO NO BRASIL E AFETOS CORRELATOS e artigo de Marcos Fabrício Lopes da Silva no Observatório da Imprensa (edição 846), intitulado, CIDINHA DA SILVA: UMA ATIVISTA DA CRÍTICA DE MÍDIA.

4 – A generosidade da artista multimídia Jaciana Melquíades, a quem ainda não conheço pessoalmente, mas fez de mim uma de suas graciosas bonecas e também me presenteou com avatar que, convenhamos, apresenta ao público uma versão simpática (e melhorada) de Cidinha da Silva.

5 – A renovação dos votos de amor das pessoas que me amam apesar de todos os meus descuidos, ausências e imperfeições.

6 – Não ter (ainda) encontrado no LATTES (recentemente confeccionado) lugar para acomodar a fortuna crítica sobre minha obra, cerca de 30 artigos, ensaios, resenhas.

7 – Ter facilitado a parceria da Fundação Cultural Palmares (FCP) com o selo editorial Me Parió Revolução para publicação de ONDE ESTAES FELICIDADE?, livro composto por conto e relato inéditos de Carolina Maria de Jesus, acrescidos de seis ensaios textuais e um fotográfico sobre a obra da autora de Sacramento, MG. O prazer do trabalhado cotidiano com Dinha, além de poeta admirada, parceira de todas as horas.

8 – Ter facilitado na FCP a publicação da revista LEGÍTIMA DEFESA, organizada por Os Crespos, talvez, o documento de teatro negro brasileiro mais importante dos últimos 50 anos.

9 – Ter entrevistado Elisa Lucinda na Balada Literária e tê-la visto expondo-se negra ao público, em exercício pleno de oralitura, como sempre a li em sua literatura.

10 – Ter estado com Sueli Carneiro na bela Cachoeira (UFRB) e a contragosto tê-la acompanhado em uma atividade que era dela, para a qual me convocou. Chegando lá, como nos velhos tempos de Pelé e Coutinho, atuamos afinadíssimas, sem treino e sem combinados prévios. Antes disso, a alegria de vê-la na audiência de palestra minha, sorrindo e emanando bons fluídos como no tempo em que eu era menina.

11 – Ter garantido a publicação de AFRICANIDADES E RELAÇÕES RACIAIS: INSUMOS PARA POLÍTICAS PÚBLICAS NA ÁREA DO LIVRO, LEITURA, LITERATURA E BIBLIOTECAS NO BRASIL, no minuto final da prorrogação. Ter feito 55 convites a autoras e autores e ter recebido 48 respostas positivas e efetivadas de pronto; uma resposta positiva, mas que, por problemas diversos não conseguiu entregar o texto a tempo e apenas uma negativa, porque o convite foi feito de afogadilho (afora umas cinco pessoas que não deram resposta alguma). Uma obra embasada no pensamento negro sobre livro, leitura e cadeia produtiva do livro no Brasil que nasce clássico e foi mesmo pensado para sê-lo.

12 – O companheirismo, a solidariedade e apoio diuturno da amada Marthinha para que eu conseguisse aprovação no Doutorado Multi-Institucional e Multidisciplinar em Difusão do Conhecimento / UFBA, do momento em que divaguei sobre a possibilidade de me inscrever até a comemoração do resultado final. Nzaambi ye kwaatesa!

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