Poeminha para Vilma Reis


Por Cidinha da Silva
Quem não pode com formiga
Não atiça formigueiro
Para combater o exército de Vilma Reis
É preciso ser guerreiro, ou seja, conhecer a ética do bom combate
Atacar de frente, de pé, mirando os olhos da adversária
Aqui não tem baixaria certa
Não tem vez a deslealdade
Tudo conspira a favor e inspira
No pelotão de frente
9 adagas em depoimentos públicos
Quem lê signo
Descobre sentido
Sueli Carneiro manda avisar
É Vilma Reis! Desde criancinha
E mais 8 bravas soldadas da mais alta patente
Gente que tem por Vilma
O mais sincero afeto
A mais terna admiração
Mulheres mais-velhas que se curvam diante da mais-nova
Contemporâneas transbordantes de orgulho
Por pertencerem à mesma geração
Mais-novas embevecidas
Que têm em Vilma o espelho
E quando crescerem, assim querem ser
E dizem do lado de lá que aqui só tem mulheres
Como se demérito fosse
Ôxe, ôxe, ôxe, ôxe!
E quem carrega o mundo nos ombros
Senão nós, as mulheres
As mulheres negras?
Chegou a hora de a onça beber água!
O Rei de Oyó circula na arena
Exibe duas lâminas afiadas
Uma corta na ida, outra corta na volta
Que a terra trema
Se desfaça em magma
Que engula os fracos e os ímpios

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