Sobre o piso nacional para o professorado mineiro e sobre a atuação de Macaé Evaristo, Secretária de Estado de Educação
Por Cidinha
da Silva
Precisamos
dimensionar bem o significado do acordo histórico firmado entre o Governo de
Estado de Minas Gerais e o professorado da rede pública estadual, bem como a
atuação de Macaé Evaristo, Secretária de Estado de Educação, na condução do
processo de garantia do Piso Salarial Nacional para dos docentes da rede
estadual mineira.
Ao contrário
de estados brasileiros governados pelo PSDB, a exemplo de Paraná e Goiás, Minas
Gerais do PT e do governador Fernando Pimentel, demonstra abertura para o
diálogo, transparência nas negociações, planejamento, estratégia e efetividade
na solução dos problemas da categoria profissional dos professores e
professoras.
O
acordo firmado garante o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional para
os professores da rede pública estadual. Além do reajuste salarial, o documento
também extingue o regime de subsídio e o congelamento das carreiras, proporciona
isonomia de tratamento para todas as
carreiras da Educação e entre servidores ativos e aposentados. Será concedido
reajuste de 31,78% na carreira do Professor de Educação Básica, a ser pago em
dois anos, ficando assegurado o pagamento do Piso Salarial Profissional
Nacional para uma carga horária de 24 horas semanais.
O reajuste será implementado em três
parcelas que serão incorporadas ao salário. A primeira delas, de R$ 190,
corresponde a um aumento de 13,06% para o Professor de Educação Básica, e será
paga mensalmente a partir de junho de 2015. A segunda parcela, no valor de R$
135,00, representa um aumento de 8,21% para o professor e será paga mensalmente
a partir de agosto de 2016. As duas parcelas iniciais serão incorporadas à
tabela de vencimento em junho de 2017.
A terceira parcela, no valor de R$ 137,48, corresponde a um aumento de 7,72% para o professor e será paga mensalmente a partir de agosto de 2017, com incorporação à tabela de vencimento em julho de 2018. Isso significa que em agosto de 2017, o professor de Educação Básica terá assegurado o Piso Salarial Profissional Nacional para uma carga horária de 24 horas semanais.
O acordo ainda garante a atualização do Piso Salarial Estadual nos mesmos índices de correção do piso nacional em janeiro de 2016, 2017 e 2018. Os aposentados nas carreiras da educação básica também terão os mesmos aumentos previstos para os servidores em atividade. Além da garantia do pagamento do piso, haverá a extinção do regime de subsídio e a implementação do vencimento inicial, acumulável com vantagens.
A terceira parcela, no valor de R$ 137,48, corresponde a um aumento de 7,72% para o professor e será paga mensalmente a partir de agosto de 2017, com incorporação à tabela de vencimento em julho de 2018. Isso significa que em agosto de 2017, o professor de Educação Básica terá assegurado o Piso Salarial Profissional Nacional para uma carga horária de 24 horas semanais.
O acordo ainda garante a atualização do Piso Salarial Estadual nos mesmos índices de correção do piso nacional em janeiro de 2016, 2017 e 2018. Os aposentados nas carreiras da educação básica também terão os mesmos aumentos previstos para os servidores em atividade. Além da garantia do pagamento do piso, haverá a extinção do regime de subsídio e a implementação do vencimento inicial, acumulável com vantagens.
As
negociações foram conduzidas por Macaé Evaristo, Secretária de Estado de
Educação que goza de respaldo e legitimidade junto à categoria, alicerçada em
décadas de trabalho como professora, diretora de escola e gestora pública de
educação.
A atual Secretária foi
professora e diretora da Escola Edson Pisani - situada no Aglomerado da Serra,
uma das maiores e mais isoladas comunidades de favela de Belo Horizonte. Lá
desenvolveu projetos inovadores e foi responsável pelas primeiras iniciativas
que levaram as crianças da região a circular pela cidade que também deveria ser
delas. Quem tem vivência em favelas conhece o isolamento de bens culturais
imposto a seus moradores e dimensiona as dificuldades estabelecidas para
crianças e jovens deixarem o território e circularem por outros espaços em
digno exercício de cidadania.
Macaé Evaristo trabalhou
como formadora de professores na temática etnicorracial e integrou a
equipe de formação de professores
indígenas da Faculdade de Educação da UFMG, atuando em todo o estado de Minas Gerais
com ênfase no fortalecimento do direito à educação bilingue.
Passou por diversas funções na gestão pública de
educação. Foi Gerente de Articulação da Política Educacional da Prefeitura,
responsável por lançar o primeiro Kit de Literatura Afro-brasileira, política
pública ininterrupta ao longo de 10 anos, analisada no livro Africanidades e
relações raciais: insumos para políticas públicas na área do livro, leitura,
literatura e bibliotecas no Brasil, por Rosa V. Pereira. À frente da Gerência fomentou o diálogo com
diretoras/es e professoras/es, com os movimentos sociais e a universidade. Articulou
a implantação do projeto Escola Integrada.
Foi Secretária Adjunta de Educação de Belo Horizonte e em
2009, Secretária Municipal, quando implantou o monitoramento da aprendizagem e
da gestão escolar, fortaleceu o Avalia BH, o Fórum de Diretores e o Família-Escola.
Manteve-se em diálogo permanente com conselhos e o comitê de mobilização social
pela educação. Acompanhou, pessoalmente, os programas que traziam recursos
federais para o município, como o Plano de Ações Articuladas e o PDE escola.
Foi responsável pela elaboração, execução e captação de
recursos do projeto Acervos Museológicos, primeira iniciativa de grande porte no
quesito formação de gestores culturais na educação com recursos da Lei Rouanet,
em BH. Defensora da inclusão das pessoas com deficiência em todos os níveis
educacionais, criou o cargo de Auxiliar de Apoio à Inclusão na gestão pública
municipal. Fortaleceu e ampliou o Programa Saúde na Escola. Foi responsável
pelas principais ações que elevaram o índice de Desenvolvimento da Educação
Básica no município, o IDEB. Leitora atenta dos dados das avaliações
municipais, escrutinava os resultados das escolas, conhecia diretores pelos
nomes, apelidos e jeitos.
Outra característica fundamental de Macaé Evaristo é o
fato de ser uma mulher de partido político. Ela se constituiu politicamente
dentro do Partido dos Trabalhadores ao mesmo tempo em que ativamente, construiu
o Partido. Ela tem força e trânsito dentro desta agremiação. Para o povo negro que
tem sido carta de segundo (ou terceiro) naipe dentro das organizações
partidárias, Macaé é referência alentadora.
Macaé Evaristo é reconhecida pelo riso fácil, mas não se
enganem, não se trata de alguém bobo ou deslumbrado. É simplesmente uma mulher
negra que acha que a vida pode ser vivida com leveza e alegria. Por isso ela se
define como alguém geneticamente feliz e está levando os professores e
professoras do estado de Minas a se sentirem valorizados, motivados ao trabalho
pelo respeito e tratamento digno. Obrigada, Macaé!
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