É para comemorar com alegria, a chegada de um livro à marca dos 10.000 exemplares impressos!





Há muitos anos, quando lancei o primeiro de meus livros, “Ações afirmativas em educação: experiências brasileiras” (Summus, 2003), passou por mim o saudoso professor Bira, na Fundação Palmares que ele dirigia e eu disse: já deixei seu exemplar com a chefia de gabinete, quero ouvir suas críticas. E ele respondeu: que crítica que nada, quando um dos nossos publica um livro, a gente precisa comemorar, porque estamos registrando nossa história, construindo nossa memória para as outras gerações.

O querido professor Hélio Santos segue a mesma linha. Em uma ocasião, quando o encontrei, depois de ter-lhe enviado um livro, perguntei: então, Hélio, já leu? O que achou? Sua resposta sincera foi: não li, mas já gostei. Isso, longe de ser um chiste acrítico do tipo “qualquer coisa que se faça por um de nós é válida, mesmo não sendo boa”, configurava-se como um incentivo, algo similar a  “acredito em você, vá em frente”.

Este texto é para comemorar a chegada de “Os nove pentes d’África”, novela que publiquei em 2009, pela Mazza Edições, aos 10.000 exemplares! Viva!!! Dez mil! Você imagina o significado disso para uma autora independente como eu que publica por casas editoriais pequenas e médias?  A magnitude disso num mercado editorial que leva entre dois e três anos para fazer circular uma edição de mil livros em livrarias? É feito para agradecer a Orixá batendo a cabeça no chão, como deve ser.

Foram 3.000 exemplares na primeira tiragem comercial. Depois 4.000 para venda institucional à Prefeitura de Belo Horizonte, via política pública de fomento à leitura, na qual estudantes recebiam um pacote de livros para iniciar um cantinho de leitura em casa; mais 455 exemplares para outra política pública, desta feita de formação de acervo em bibliotecas escolares. Em 2015 a primeira reimpressão comercial e em 2018, a segunda.

Ok, ok, ok, para gilbertear um pouco, você que gosta de fazer contas contabilizou 9.455 exemplares de “Os nove pentes dÁfrica” em circulação. Não tem problema, considere que os 545 que faltam para completar 10.000 são licença poética da divulgadora/autora.

O Pentes é meu livro mais querido, aquele que me deu a certeza de ser escritora depois dos dois primeiros livros, nos quais eu achava que, simplesmente usava a escrita para fazer política. O Pentes exigiu mais de mim, me fez criar, reescrever a partir de leituras críticas, me fez entender a importância e a necessidade de trabalhar a linguagem até atingir o resultado que se quer.  Vida longa ao amado “Os nove pentes d’África”.

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