Lançamentos em Belo Horizonte, dias 20 e 21 de setembro
Cidinha da Silva lança 'Exu em Nova York' na UFMG
Belo-horizontina radicada em São Paulo, a escritora participa de diversos para o lançamento de dois dos mais recentes trabalhos
A escritora Cidinha da Silva vem a Belo Horizonte para lançar os livros O homem azul do deserto (Editora Malê) e Um Exu em Nova York (Pallas Editora). Hoje a escritora participa de evento na Faculdade de Letras promovido pelo grupo Literafro. Na quinta (20), estará no Centro de Referência da Juventude (CRJ)e, na sexta, no Museu de Quilombos e Favelas Urbanas (Muquifu).
O homem azul do deserto amadurece o que a escritora tem buscado em termos de linguagem. “A prosa poética é a culminância de trabalhos que venho fazendo”, afirma. As 51 crônicas selecionadas para a publicação foram publicadas, entre 2016 e 2018, em sites, como o Portal Geledés, e no blog pessoal da autora. “As crônicas estão sempre envoltas da necessidade que tenho de expressar meu ponto de vistasobre a política nacional”, diz.
Cidinha leva para o texto personagens comuns: “são figuras que me tocam, com quem encontro na rua. São personages de riqueza humana que levo comigo”, diz. Um exemplo, é o taxista que ela apresenta na crônica 'Na terrinha'. Cidinha percebe no motorista síntese dos dois lados da personalidade do mineiro. “Mineiro alterna dois estados de espírito: falastrão e caladão. Isso pode ser na mesma pessoa ao mesmo tempo e em diferentes momentos do dia”, brinca.
Apesar de ter saído de Minas em 1991, a mineiridade na forma de dizer marca o texto de Cidinha. “Sai de Minas, mas Minas não sai da gente”, garante. Ela morou de 1991 a 2008 em São Paulo. Depois viveu no Rio, Brasília e Salvador e agora está de volta à capital paulista.
Cidinha leva para o texto personagens comuns: “são figuras que me tocam, com quem encontro na rua. São personages de riqueza humana que levo comigo”, diz. Um exemplo, é o taxista que ela apresenta na crônica 'Na terrinha'. Cidinha percebe no motorista síntese dos dois lados da personalidade do mineiro. “Mineiro alterna dois estados de espírito: falastrão e caladão. Isso pode ser na mesma pessoa ao mesmo tempo e em diferentes momentos do dia”, brinca.
Apesar de ter saído de Minas em 1991, a mineiridade na forma de dizer marca o texto de Cidinha. “Sai de Minas, mas Minas não sai da gente”, garante. Ela morou de 1991 a 2008 em São Paulo. Depois viveu no Rio, Brasília e Salvador e agora está de volta à capital paulista.
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Para falar dessa presença dessa entidade central nas religiões de matriz africana, Cidinha propôs o neologismo exuzilhar, junção entre Exu e encruzilhada. O 'exuzilhamento' é movimento muito presente nas 19 histórias do livro. Cidinha apresenta perspectiva contemporânea e ficcional do cotidiano e trata de temas como política, crise ética, racismo religioso, perda generalizada de direitos, negros e grupos LGBT.
O conto que dá título ao livro foi escolhido por Cidinha para demonstrar que a diáspora africana está em todos os lugares, inclusive nas grandes metrópoles como Nova York. “Trago a ideia de diáspora negra expandida. É perceptível a diáspora no Haiti, na Bahia, no Rio de Janeiro, na Colômbia, no Caribe. Mas a diáspora está também nos grandes centros, como Nova York, Chicago e São Paulo, cidade que aparentemente não tem face negra tão demarcada”, pontua.
O conto de abertura, I have shoes for you, mostra como a ideia de ancestralidade é central para a autora. “É o que nos permitiu chegar até os dias de hoje. Não fosse relação com ancestralidade africana não teríamos chegado até aqui. teríamos sucumbido.”
O livro é dedicado à professora e pesquisadora da Universidade Federal de Minas Gerais, Leda Maria Martins. “Ela foi fundamental na minha vida. Conheci a leda aos 18 anos”, recorda-se. De lá para cá, uma das principais pesquisadoras da arte negra no Brasil se tornou interlocutora de Cidinha. “Aquele encontro foi para mim amostra que eu poderia ser o que eu quisesse ser na vida. Aquele encontro com Leda foi definitivo para minha carreira”, diz.
O livro é dedicado à professora e pesquisadora da Universidade Federal de Minas Gerais, Leda Maria Martins. “Ela foi fundamental na minha vida. Conheci a leda aos 18 anos”, recorda-se. De lá para cá, uma das principais pesquisadoras da arte negra no Brasil se tornou interlocutora de Cidinha. “Aquele encontro foi para mim amostra que eu poderia ser o que eu quisesse ser na vida. Aquele encontro com Leda foi definitivo para minha carreira”, diz.
Um Exu em Nova York
Cidinha da Silva
Conto
Pallas Editora
80 páginas
R$ 28,00
O homem azul do deserto
Cidinha da Silva
Editora Malê
144 páginas
R$ 42
Lançamentos
- Quarta (19) ás 19h. Auditório da Faculdade de Letras da UFMG. Campus Pampulha
- Quinta (20) às 19h. Mediação: Vanessa Beco e leitura e comentários professores Cida Moura e Marcos Alexandre. Centro de Referência da Juventude. Rua Guaicurus 50, 2º andar. Informações: (31) 3277-4356.
- Sexta (21) às 18h. Museu de Quilombos e Favelas Urbanos de Belo Horizonte (Muquifu). Rua Santo Antônio do Monte, 708, Vila Estrela. Informações: (31) 98798-7516
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