#TBT Cores da poética de Cidinha da Silva

#TBT As cores da poética de Cidinha da Silva

as capas dos livros de Cidinha da Silva predominam o vermelho, o laranja e o amarelo. O livro “Baú de miudezas, sol e chuva” (2014) marca outra possibilidade cromática. Em conversa com o artista visual Josias Marinho, responsável pela capa, Cidinha da Silva pediu outras cores, queria tons de verde e azul. Josias, de maneira muito atenta e delicada estilizou um Oxossi que tem um coração na ponta da flecha (que pode ter sido um coração flechado, mas também pode ser um coração que flecha) e trouxe as cores laranja e amarela para as palavras-título do livro.

Outra obra que bebe do azul e nos embriaga de azul, dessa feita um azul ogúnico, é “O homem azul do deserto” (2018), em imagem criada pela poeta-designer Maré de Matos. Cidinha da Silva e o editor, Vagner Amaro, escolheram entre as obras disponíveis de Maré, uma que trazia o azul infinito e escuro do céu à noite, mas com reflexo da lua na água, que permite ver também a terra/areia que invade as águas num tom vermelho bordado de azul, bem como a silhueta das montanhas circundantes.

“Exuzilhar”, um livro de 2019, tem capa produzida pela própria Cidinha da Silva e pelo designer Rodrigo Kenan. Trata-se de uma capulana de Moçambique, fotografada e vetorizada para o papel. Existe intencionalidade no amarelo oxúnico da 4ª capa, entrecortado pelo roxo da Senhora Nanã, foi uma brincadeira feita pelo Kenan com os tons originais da capa que trazem a força do amarelo, atravessado pelo roxo e pelo azul ogúnico.

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