Minhas plantas

Hoje fizeram a pergunta fatídica: “Como é que tu, sendo mineira, escreveste sobre gaúchos?” E completaram: “Por acaso moras aqui em Porto Alegre? Como foi que te acharam?” Ao primeiro questionamento respondi que não escrevi sobre o referido gaúcho genérico, escrevi sobre afro-gaúchos, matéria de outra ordem, para a qual meu pertencimento africano-diaspórico me dá suficientes autoridade, leveza, discernimento, compromisso, alegria e gratitude para abordar. À segunda pergunta respondi que já morei em 5 ou 6 cidades do mundo, ainda não, em Porto Alegre, mas meu trabalho literário tem caminhado à minha frente e isso facilita que as pessoas me “achem”. No mais, que Ogum continue a malhar bastante, pois ainda terá muito ferro para fundir em meu nome.

Comentários

Pimenta disse…
Cidinha,
Eu mesma já quis abordar sobre o quilomba em porto alegre,com você mas não tenho muito conhecimeto sobre.Só sabia que os descendentes haviam ganhado na justiça a escritura do terreno que herdaram, o que foi muito legal e emocionante.
Muito obrigada,é uma honra.
bjo
que tuas plantas continuem crescendo! Que ocupem todo o mundo, sem espaço para as ervas daninhas. Elas são lindas!

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