Audre Lorde por Cidinha da Silva
"Precisamos lê-la porque a experiência de leitura de seus poemas é como largar o corpo numa circunferência de ressonância. Ressonância da mulher profunda que guardamos, ainda num lugar mais recôndito do que a subjetividade. Uma mulher de múltiplas vozes e infinitas faces, uma mulher-Audre, que convida a nos implicarmos na transformação do mundo observando as sete direções que a ancestralidade africana nos propõe: à frente e atrás, em cima e embaixo, do lado esquerdo e do lado direito e dentro."
Aspas da nossa matéria de capa de outubro, assinada pela escritora
Cidinha da Silva
. A capa da nossa edição de outubro pensa a obra da poeta, ensaísta e ativista Audre Lorde (1934-1992) não apenas como uma teoria importante: em lugar disso, o texto de Cidinha analisa a potência desse legado a partir de sua aplicação viva, de sua reflexão e vivência na realidade material como forma responsável de estar no mundo. A imagem é de Filipe Aca e integra a matéria de capa.
Comentários