Dia das namoradas
Por Cidinha da Silva
Nesse dia, como no restante do ano, você pode escolher entre
falar de amor ou de relações comerciais. Vamos aqui inventar o amor que a
Organização Mundial do Comércio já está com a vida ganha.
Amar é... passar a
ferro o vestido da amada, quando não se gosta de passar, só para aliviar a
pressa dela, que não gosta também de fazê-lo.
Amar é...
compreender que o sangue da mulher amada tem cinco componentes: hemácias, plaquetas,
leucócitos, polvilho e queijo. E sair pela cidade nova na chuva à cata de um
pão de queijo decente, quentinho, que aplaque a crise de abstinência.
Amar é... aguardar
ansiosa a próxima partida de futebol na TV só para ouvir os comentários dela. Amor,
quem é que tá jogando? O Barcelona... Ah... o time do Neymar. Sim, o time do
Messi. Humm, aquele baixinho que dizem que bate um bolão. Não, preta, ele joga
muito. Joga nada, esse pessoal é comparsa dele! Como?
Messi na
TV, o simples majestoso, passa por dois adversários, deixa o terceiro no chão,
torto, e por fim leva uma botinada do quarto, brasileiro recém-chegado do
futebol inglês. Permanece de pé, mesmo trôpego, corre e mantem a bola coladinha
ao pé. Conclui a jogada num passe açucarado para um companheiro qualquer
completar o gol.
Singela, a amada arrebata: esse pessoal da Europa deixa ele jogar, olha pra isso! Por que é que ninguém pára o sujeito? Quero ver jogar bem aqui, na série B do brasileiro.
Singela, a amada arrebata: esse pessoal da Europa deixa ele jogar, olha pra isso! Por que é que ninguém pára o sujeito? Quero ver jogar bem aqui, na série B do brasileiro.
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