Sobre o Pentes, em Salvador, BA
O lançamento do Pentes, em Salvador, dia 11 de abril passado foi estrondoso, queria deixar este registro. O evento ocorreu às 17:00 de um sábado, no encerramento de um seminário que durou o dia inteiro e já estava um pouco esvaziado. Tive uns 15 minutos para falar com as pessoas e ler alguma coisa. Fiz minha apresentação trivial e corriqueira, falei sobre os livros anteriores e um parágrafo sobre a minha trajetória em construção, a saber, de ATIVISTA / ARTIVISTA / ARTISTA. Depois escolhi dois trechos do Pentes para leitura. Senti a movimentação de algumas pessoas que se levantavam e logo estavam com o livro nas mãos. Na audiência, duas mulheres me emocionaram muito, Sueli Carneiro e Ana Célia da Silva. Ao final da leitura, as organizadoras convidaram Ana Célia para falar e ela mencionou a importância da literatura negra, das escritoras negras e, generosamente, disse umas frases sobre meu trabalho literário. Depois formou-se aquela fila imensa para os autógrafos. Para minha surpresa, apareceram duas ou três pessoas com as quais converso pelo blogue, nunca havia estado com elas pessoalmente. Surgiram educadoras que não estavam no seminário, foram para o lançamento. Afora alguns/as participantes da atividade, velhos/as conhecidos/as, era todo mundo novo, leitores e leitoras novos/as e, me surpreendi novamente, gente que já conhecia meus livros anteriores. Ah... pelo menos metade da fila tinha dois exemplares do Pentes nas mãos, um para si e outro para presentear a alguém. Resultado final: vendi todos os livros, todos os exemplares do Pentes e do Tambor levados na mochila, somavam quase 40. E mais, cinco pessoas - dentre elas o Landê, um dos raros amigos a comparecer -, ficaram sem livros. Há dias penso no significado disso, temo expressar conclusões ufanistas (talvez), mas posso dizer que me senti feliz e recompensada e que foi uma injeção de ânimo cavalar.
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