DECLARAÇÃO DE VOTO 2016
Como faço todos os anos, publicizo meu voto convicto lastreado por provas de vocação, competência e compromisso republicano das candidatas e candidatos do pleito em voga, para a gestão pública e a legislatura a que se propõem.
Em CONTAGEM, cidade onde vivi boa parte da vida, voto em MONIQUE PACHECO, 50, para a prefeitura. Uma jovem mulher negra com propostas factíveis para uma das cidades mais ricas de Minas e de povo sofrido e abandonado, como de hábito na política brasileira. Para vereador voto em JESSÉ DUARTE, 50.789, corajoso artista e ativista da cultura.
Em BELO HORIZONTE, cidade natal, voto feliz e engajada no movimento MUITAS PELA CIDADE QUE QUEREMOS BH, que depois dessas eleições merecerá ser estudado pela Ciência Política e pelos analistas da cultura, dada a inovação criativa operada em uma campanha política na cidade das alterosas, inspiração para todo o Brasil. Meu voto convicto e radiante é de ÁUREA CAROLINA, 50.180, mulher polifônica e multifacetada, feminista contemporânea que reverencia a ancestralidade. Áurea é América do Sul, é ouro, é o mundo, é Minas Gerais.
Em SÃO PAULO, cidade do meu coração, voto em FENANDO HADADD, 13, porque uma cidade para as pessoas não é bonitinho só na Europa. No Brasil também. Isso implica, por exemplo, em corredores de ônibus para as trabalhadoras saírem mais tarde e chegarem mais cedo em casa. Em velocidade reduzida nas marginais para viabilizar o tráfego mais seguro. Em linhas de ônibus noturnas para os que trabalham à noite dormirem mais e para os que moram longe poderem desfrutar da noite na cidade que não dorme. Para frequentarem a Biblioteca Mário de Andrade que agora funciona 24 horas. Domingo é Hadadd. É nossa alternativa real de uma São Paulo mais humana, com direitos ampliados e menos caótica.
No RIO DE JANEIRO voto em JANDIRA FEGHALI, 65, para a prefeitura.
Em SALVADOR, voto em ALICE PORTUGAL, 65, para a prefeitura e em SILVIO HUMBERTO, 40012, companheiro de geração, para a Câmara Municipal.
Meu voto será sempre de esquerda porque precisamos barrar o vento que venta à direita. Precisamos retirar o leme das mãos dos que sempre o detiveram. Mãos sujas de sangue por tantos séculos, tantas gerações. Gerações de sesmeiros; exploradores de minas e escravizadores de gente; cafeicultores; usineiros, donos do cartel do transporte público.
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