Roda de conversa em Salvador: Me conte a história do seu negro amor
ME CONTE A HISTORIA DO SEU NEGRO AMOR é um projeto realizado pela escritora Cidinha da Silva para recolher e recontar histórias de amor protagonizadas por pessoas negras.
Ocorrerão encontros presenciais, momentos virtuais, recepção de narrativas escritas de próprio punho ou digitadas. Podem ser datilografadas também. O objetivo central é recolher histórias, elementos alegóricos e narrativos para um livro futuro que contará histórias de amor de pessoas negras.
Por que a escolha de um encontro público e aberto para contar histórias de negro amor? Porque precisamos de espaços públicos, abertos e protegidos para expressar nossos afetos e para falar sobre eles. Porque queremos ocupar o CEAO para falar de amor. ...Porque é preciso demarcar territórios para o amor preto na(s) cidade(s).
Mas, notem e anotem, por favor, a conotação política da coisa é a própria expressão dos nossos amores. De uma maneira natural e visceral. E humorada quando conseguirmos rir daqueles amores que naufragam, mas nos deixam aliviadas quando terminam.
As juventudes negras, principalmente o segmento das mulheres, têm demonstrado interesse (e necessidade) crescente de discutir as relações afetivo-sexuais entre pessoas negras.
Em julho de 2016, durante atividade realizada pela profa. Lívia Natália para discutir o tema, em Letras / UFBA, contamos com auditório completamente lotado por cerca de 160 pessoas, em noite aparentemente concorrente à programação do Julho das Pretas. Digo isso porque a Câmara Municipal, onde ocorria a programação do Julho, também esteve tomada pelo dobro de pessoas ou mais, discutindo outros temas ligados aos Direitos Humanos das mulheres negras.
Outro exemplo dessa necessidade ocorreu no lançamento da coletânea de poemas ENEGRESCÊNCIA, no próprio CEAO, quando Marcelo Ricardo, jovem gay, negro, co-autor da obra, fez declaração de amor ao companheiro, também negro, e arrancou aplausos efusivos e lágrimas da audiência.
Muito tem se falado sobre a solidão da mulher negra de diferentes gerações, mas existem também histórias de amor a serem contadas. Histórias de mulheres lésbicas, de mulheres trans, de mulheres cis; de homens gays, trans, cis; todos negros e negras. Histórias que emocionarão a todas as pessoas quando conhecidas.
As histórias ouvidas e lidas fornecerão elementos para as histórias a serem criadas, não havendo, portanto, qualquer compromisso de fidelidade ao real (que pode também ser algo inventado pelas pessoas que resolverem partilhar conosco seus afetos).
Amar e falar do amor preto em público é uma política vigorosa. E é a esse exercício político que convidamos você que está lendo esse texto, ao lado do escritor Fábio Mandingo (autor de “Muito como um rei”, entre outros) que nos contará sobre o processo criativo das histórias de amor que escreve.
Venha e traga seu amor. Traga seu negro amor para nos contar.
Ocorrerão encontros presenciais, momentos virtuais, recepção de narrativas escritas de próprio punho ou digitadas. Podem ser datilografadas também. O objetivo central é recolher histórias, elementos alegóricos e narrativos para um livro futuro que contará histórias de amor de pessoas negras.
Por que a escolha de um encontro público e aberto para contar histórias de negro amor? Porque precisamos de espaços públicos, abertos e protegidos para expressar nossos afetos e para falar sobre eles. Porque queremos ocupar o CEAO para falar de amor. ...Porque é preciso demarcar territórios para o amor preto na(s) cidade(s).
Mas, notem e anotem, por favor, a conotação política da coisa é a própria expressão dos nossos amores. De uma maneira natural e visceral. E humorada quando conseguirmos rir daqueles amores que naufragam, mas nos deixam aliviadas quando terminam.
As juventudes negras, principalmente o segmento das mulheres, têm demonstrado interesse (e necessidade) crescente de discutir as relações afetivo-sexuais entre pessoas negras.
Em julho de 2016, durante atividade realizada pela profa. Lívia Natália para discutir o tema, em Letras / UFBA, contamos com auditório completamente lotado por cerca de 160 pessoas, em noite aparentemente concorrente à programação do Julho das Pretas. Digo isso porque a Câmara Municipal, onde ocorria a programação do Julho, também esteve tomada pelo dobro de pessoas ou mais, discutindo outros temas ligados aos Direitos Humanos das mulheres negras.
Outro exemplo dessa necessidade ocorreu no lançamento da coletânea de poemas ENEGRESCÊNCIA, no próprio CEAO, quando Marcelo Ricardo, jovem gay, negro, co-autor da obra, fez declaração de amor ao companheiro, também negro, e arrancou aplausos efusivos e lágrimas da audiência.
Muito tem se falado sobre a solidão da mulher negra de diferentes gerações, mas existem também histórias de amor a serem contadas. Histórias de mulheres lésbicas, de mulheres trans, de mulheres cis; de homens gays, trans, cis; todos negros e negras. Histórias que emocionarão a todas as pessoas quando conhecidas.
As histórias ouvidas e lidas fornecerão elementos para as histórias a serem criadas, não havendo, portanto, qualquer compromisso de fidelidade ao real (que pode também ser algo inventado pelas pessoas que resolverem partilhar conosco seus afetos).
Amar e falar do amor preto em público é uma política vigorosa. E é a esse exercício político que convidamos você que está lendo esse texto, ao lado do escritor Fábio Mandingo (autor de “Muito como um rei”, entre outros) que nos contará sobre o processo criativo das histórias de amor que escreve.
Venha e traga seu amor. Traga seu negro amor para nos contar.
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