Leituras do Exuzilhar



Por Esther Alcântara

Nesta tarde quente, janelas abertas ante um sofá preguiçoso, eu e o Tom lemos de capa a capa o livro "Exuzilhar: melhores crônicas de Cidinha da Silva". Arrepiamos, aprendemos e crescemos, com o vigor de sua narrativa, imensa em conteúdo, história, ancestralidade, poesia e força. Eu li em voz alta, marcando lugar de fala como mulher, mas atenta e submissa à voz da autora - só ela com lugar de fala de mulher e escritora negra -, aprendendo e apreendendo ao máximo, aberta ao "grande desafio de nos tornarmos sujeitos alquímicos (...), capazes e eficazes para compreender e abarcar o outro, que também somos nós", que ela cita e propõe. Que bom que são dois volumes, para que a gente possa continuar a abraçar sua voz com o "Pra começar". De nosso lugar de escuta, encolhidos diante da voz literária gigante da Cidinha, absorvemos tanto e nos inquietamos. A inquietação é aquele espaço importante que nos abrem os bons livros, os que repercutem em nós de forma marcante e positiva. Obrigada, Cidinha Da Silva. 💗✍️💗

Comentários

Postagens mais visitadas