Palmares 25 anos: Mídia e relações raciais são temas de debate em SP


terça-feira by cristiane
Segundo a pesquisa Perfil do Jornalista Brasileiro, publicada em novembro de 2012 pela a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), somente 23% dos jornalistas brasileiros se autodeclaram negros (pretos e pardos). Além desse fato, outro cenário contribui negativamente para a baixa representação negra na imprensa: a tentativa história de embraquecimento da população brasileira.
Para discutir e aprofundar este assunto, assim como a crescente participação dos comunicadores negros nas mídias digitais, a representação regional da Fundação Cultural Palmares – MinC (FCP) em São Paulo, promove os debates “Mídia e Relações Raciais” e “Novas mídias negras”. Os eventos acontecem nos dias 03 e 04 de outubro de 2019, às 19 horas, no Auditório MinC – Alameda Nothmann 1058, Campos Elíseos, São Paulo (SP).
Territórios Negros - As atividades são parte da programação de comemoração dos 25 anos da Fundação Cultural Palmares e fazem parte da série de diálogos “Territórios Negros na Urbes Paulistana”. Representantes de blogs, fanpages e portais de mídia étnica, foram convidados para os debates que vão discutir a importância das novas mídias negras. Rosane Borges, coordenadora do CNIRC – FCP (Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra), será a moderadora do primeiro dia de debates e Mara Karina Silva, assessora de comunicação da FCP, participa das discussões na sexta-feira, (04).
“A intenção é descobrir como ocupar estes espaços, muito mais democráticos que os tradicionais, e transformá-los em territórios negros de debates e empoderamento”, explicou Cidinha da Silva, representante da FCP – MinC no estado.
25 anos de história com a cultura negra – No dia 22 de agosto de 1988, o então presidente da república José Sarney fundou a primeira instituição pública federal voltada para promoção e preservação da arte e da cultura afro-brasileira: a Fundação Cultural Palmares. Neste ano de 2013, a FCP comemora 25 anos de trabalho por uma política cultural igualitária e inclusiva, que busca contribuir para a valorização das manifestações culturais e artísticas negras brasileiras como patrimônios nacionais.

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