Conto ou crônica?
Uma professora me escreve de Minas e conta que recebeu uma doação de 25 Tridentes para trabalhar com seus estudantes de EJA, no Centro Pedagógico da UFMG, e que a moçada lê meus textos semanalmente. Fico feliz e louca para saber os comentários, a percepção que têm dos escritos. A professora não satisfaz minha curiosidade, mas me embaraça ao perguntar se o que escrevo são contos ou crônicas. Sagaz e prática, solicita que eu defina quais são as crônicas e quais são os contos do Tridente para lastrear a resenha que ela escreve sobre o livro. Renata, minha cara, repetirei o que já disse em outras ocasiões. Quando escrevi o Tridente, achava que tudo era crônica, à medida que as pessoas foram lendo e comentando, me disseram e mostraram que há vários contos no livro. Mas se eles existem mesmo, eu os escrevi sem saber que escrevia contos, entende? Disseram-me que “Licença aos meus que já foram”; “Seu Marabô”, “A velha na soleira da porta”; “Dublê de Ogum” e “Domingas e a Cunhada” são contos, inequivocamente. Há outros bordejantes, no limite da crônica, e crônicas bordejantes, no limite do conto. Acho a definição virá mesmo dos leitores e leitoras. Fiquem à vontade. No Tambor, meu livro novo, também editado pela Mazza Edições, consigo definir o que é conto, mas como vocês estão estudando o Tridente, essas definições ficam para quando nos encontrarmos aí em BH.
Comentários
boa sorte por aí em Sampa e em BH.