Cadernos Negros volume 31 - poemas afro-brasileiros terá lançamento em São Paulo

Autores: Ademiro Alves (Sacolinha), Claudia Walleska, Cuti, Dirce Pereira do Prado, Edson Robson, Elio Ferreira Esmeralda Ribeiro, Fausto Antônio, Jamu Minka, Luís Carlos de Oliveira, Márcio Barbosa, Mel Adún, Miriam Alves, Mooslim, Rubens Augusto, Ruimar Batista, Sergio Ballouk, Sidney de Paula Oliveira e Tico de Souza. Performance das atrizes Mafalda Pequenino e Luciana. Participações especiais: Helton Fesan e Johnson Light. (Texto de divulgação, escrito pelos organizadores): "É isso aí. Em 2008 Cadernos Negros está celebrando três décadas de existência. Foi com a ajuda de todos aqueles que apoiam o trabalho, comprando, lendo, discutindo, recomendando os livros, é que esse feito foi possível. Mas a expectativa em relação às iniciativas negras é de que elas cheguem até um certo ponto e parem. Nós optamos por prosseguir, e queremos continuar contando com você. Em março realizamos um seminário sobre Cadernos Negros com o apoio da Seppir, assim como a edição de um livro comemorativo. Agora continuamos nossa série, feita de forma cooperativa e independente sempre. O 31 nasce desse espírito que norteou todos os outros livros da série: autofinanciado, batalhado, suado... Nasce na raça mesmo! E queremos que você venha celebrar esse nascimento conosco. Providenciamos um local maior, para acomodar a todos, pra ninguém ficar de fora. Mas chegue no horário. Venha fazer parte dessa história. Venha e traga o seu axé! Obs.: o traje é à vontade, mas se puder, venha com uma roupa afro". Dia 18 de dezembro de 2008, às 19:30. Na Faculdade das Américas, à rua Augusta, 973 (a três quadras do metrô Consolação), São Paulo.

Comentários

luis aseokaynha disse…
ZEFERINA

A primeira vez que a vi
Lavava-se ela
Da poeira e sangue nas pernas
Na Fonte do Xixi.
Portava uma lazarina.

Da segunda vez,
A Filha de Olorum
Rainha Zeferina,
Já menina reinava.
Seu sorriso de colar,
Contas para Oxalá.

Seu séquito, súditos benfeitores.

Da terça vez
A guerreira Zeferina estava no poste
Na entrada-saída da cidade.
Por um olhar sentinela foi fotografada
E seu brilho virou cartão postal
Na livraria do aeroporto.

- Vidas à Rainha Zeferina! Vidas!!!

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