Tridentiando 4

“Aconteceu outra vez... Vc estava lá com seu vermelho Oyá, com seu tridente em punho..forte, linda e imponente.. não com a força de quem “ é pau pra toda obra” e tem de estar disposta e disponível a tudo...não!!...forte em sua magestria de nos passear pelas esquinas da vida onde “ a arte nobre e difícil de estar só”..pode ser comparada a “insustentável leveza do ser” de Milan Kundera. Se Joel Zito tem de abrir uma caixa postal para todas as cartas imaginárias que nossos corações reconfortados enviaram, vc deverá de abrir duas..uma para @s que compraram o livro e outra para @s que pegaram emprestado e não querem devolver...tenho 3 amig@s nesta situação. È uma delícia... adorei suas falas... me encontrei em muitas e encontrei pessoas em outras... dá vontade de comentar cada crônica.. Mas vou pincelar dizendo que os ovos de pata, em conversa de Barbearia, estão cada vez mais freqüentes... na vida de homens de grande idade..a solidão desafia as nossas escolhas e na prateleira da vida a escolhida para o amor nem sempre é a mulher negra. Para além das escolhas pelo físico, pelo aceito como belo... estão as questões que independem da outra pessoa; estão em nós e na nossa dificuldade de se permitir amar, escolher e ser amada. Às vezes parece que qualquer pessoa que mostre interesse, sexual, intelectual, militante ou estético (nunca todos juntos) está apta a fazer parte de nossa vida..a dividir agenda, dinheiro, tempo e sonhos... e o amor... o laço que segura o buquê , não podemos amar!?... Só ser amadas e gratas por isso?? Não... não quero isso pra mim..Ainda não construí o melhor caminho, mas me apoio nas Máximas de Pontes de Miranda, que escreveu dez tomos para falar que o amor é um sentimento transitório. Segundo Pontes, nas relações temos fases que podem durar ínfimos segundos ou meses e os sentimentos são revisitados de quando em vez... passamos por encantamento, tesão, paixão, admiração, amor, culpa, cuidado, compaixão, doação, e enfim, ou sublimamos as diferenças e criamos laços de “amor”, ou cancelamos o contrato e damos a liberdade para que a pessoa sofra por meses e tente “amar outra vez” . E vice-versa. Mas e o destino... e as coisas que Seu Marabó num explica...????...Se nem ele explica, que dirá..! Quero meu Deus-vaca para acompanhar as viagens de ônibus com um pouco mais de graça... adorei!! Os transportes públicos são uma lição de vida...mais pra frente, pq pretendo te escrever outras vezes...te contarei uma situação de Van.... Se eu fosse mais ativa nas comunicações eletrônicas com certeza o Katrina pessoal seria meu retrato neste momento.. ao contrário do Skipe, msn e etc e tal..meus territórios minados são esquinas, lugares, pessoas em comum...e o próprio telefone... que hesito em teclar..vai que num impulso involuntário do meu corpo a minha mente dedilha os números para o meu Katrina..!?.. Ufa!!!...Isso deve acontecer muito, né!..as pessoas te lêem e se sentem parte e ficam desabafando as suas impressões e similitudes com suas crônicas.... Não pretendo te fazer de terapeuta, é que seu livro é uma “pretinhosidade”, como diria Martinália, e é impossível, para mim, ao menos neste primeiro momento, me organizar e não te brindar com esta avalanche de informações... Que começa a deixar os meus quatro dedos utilizados para teclar com dor...estou no serviço, têm ar condicionado... já é hora de almoço, enfim, na realidade: não tenho muita habilidade com os dez dedos e sobrecarrego quatro..sou “catamilheira” e um tanto faladeira...começo e não páro... pode ser uma herança da minha família mineira”. (quase anônimo 6)

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